sexta-feira, 7 de junho de 2013

Muralhas de mim.

Me vejo em uma fortaleza de vidro, pronta para se quebrar, ao menor toque. Todas as vigas, que sustentam este forte, também são de vidro. Ele é fraco, minguado e, por isso, não posso colocar o peso de um pequeno grão de sinceridade em cima dele. Não posso pôr as alegrias, por mais singelas que sejam, pois são muitas. As tristezas são poucas, porém pesadas. As decepções são leves, contudo são irreprimíveis. Já as conquistas são contidas, pesam mais que as tristezas e são maiores que as alegrias…
E de tanto preservar essa minha cidadela frágil, eis que a mesma se encontra vazia. E os muros desvanecidos pela neblina dos meus pensamentos são barreiras invisíveis, invencíveis! E em meio aos guardiões que velam essas muralhas, me detenho, cativa em um só juízo: preciso transpô-las…
[Originalmente escrito em 25/08/2010]

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